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Engajamento e Criação de Conteúdo na Era Digital: O Que nos Atrai?

  • Foto do escritor: calango xucro
    calango xucro
  • 30 de set. de 2024
  • 3 min de leitura

Atualizado: 17 de out. de 2024

No mundo digital, onde plataformas e conteúdos estão em constante mudança, a Intermedialidade emerge como um conceito essencial. Ela se refere à transposição de produtos de um suporte para outro — filmes viram jogos, livros viram séries, e assim por diante. A intermedialidade nos convida a refletir sobre a maneira como um produto se adapta e sobrevive quando muda de mídia.



Garoto com bola na mão em frente à vitrine.
Misteriosa Lei da Atração.


Um exemplo clássico são os filmes que fizeram sucesso nas bilheterias, mas quando transpostos para o formato de jogos, fracassaram miseravelmente. Isso ocorre porque o que funciona em um suporte (como a película cinematográfica) pode não funcionar em outro (como um game), principalmente se ignorarmos as variáveis estéticas e de interação próprias de cada mídia.


O suporte digital, por sua vez, é um híbrido que acomoda todas as mídias anteriores - atentando-se certas limitações inerentes às suas naturezas tecnológicas — suporta desde o livro até o cinema, passando por vídeos, músicas e textos. Mas o que realmente diferencia as plataformas digitais umas das outras? A resposta está na maneira como elas engajam a percepção humana. Cada plataforma prioriza uma via de percepção: algumas se concentram em vídeos, outras em textos ou imagens, e é aí que a estética do conteúdo começa a desempenhar um papel central.


Mas, e se observarmos a migração de criadores de conteúdo entre plataformas, como do YouTube para o Instagram? Quais são as variáveis estéticas que influenciam essas mudanças? Sabemos que fatores como atualizações de algoritmos, estratégias comerciais e marketing pesam nas decisões dos criadores, mas há algo mais profundo — a estética do conteúdo, o modo como ele é produzido pelo desenvolvedor e percebido pelo público, e sua relação entre o engajamento e criação de conteúdo.


Pensemos no YouTube: uma plataforma que privilegia o movimento e a narrativa visual. A estética dos vídeos — seja pela edição, cenário, iluminação ou a própria personalidade do criador — é parte essencial de sua interação com o público. Por que, como espectadores, nos inclinamos mais para o conteúdo de alguns criadores e não de outros? A resposta reside na forma como a estética do conteúdo ressoa com nossa percepção e experiências pessoais.


O Instagram, por outro lado, é uma plataforma que muitos adoram por seu dinamismo visual, mas também é criticada por ser “plástica” ou superficial. Eu, pessoalmente, acho a experiência de navegação no Instagram frustrante, repetitiva. No entanto, para muitos, essa estética mais congelada e estruturada é exatamente o que procuram.


A estética não é apenas uma questão de como o conteúdo é feito, mas principalmente, de como ele é consumido. Cada pessoa tem um modo particular de perceber e organizar informações. Isso pode ser influenciado por suas experiências de vida, expectativas ou até mesmo por uma preferência subjetiva ininteligível. Às vezes, simplesmente gostamos de algo sem saber explicar o porquê.


Outro ponto interessante é como a interação em diferentes mídias, como vídeos e textos, pode influenciar a criação de novos conteúdos. Um simples mural de conversas no YouTube pode ser uma fonte rica de inspiração. O fato de um criador valorizar o texto escrito pode desencadear reflexões e diálogos mais profundos com seu público, algo que se perde em plataformas mais instantâneas como o Instagram, onde o preferência é dada às imagens estáticas, carrosséis e videos curtos e leitura rápida.


No final, tudo se resume a como a percepção humana — orgânica e subjetiva — recebe e organiza as informações oferecidas. E esse processo é extremamente pessoal. Para os criadores, compreender como suas estéticas influenciam a percepção de seu público é um passo crucial para engajar e reter sua audiência.


Afinal, é a estética que constrói a ponte entre o conteúdo e o usuário. O mais fascinante sobre essa jornada estética é que ela é fluida. Cada fragmento de conteúdo que consumimos pode despertar algo novo — uma ideia, uma crítica, uma reflexão. O criador, por sua vez, pode ajustar e refinar seu trabalho a partir dessas interações, criando um ciclo contínuo de evolução e adaptação.


Então, para aqueles que buscam construir algo mais sólido e significativo no vasto mar digital, a chave pode estar em entender e explorar as suas próprias escolhas estéticas, sempre de olho nas reações subjetivas e sensíveis que elas despertam no público.


Esse texto tenta abordar a complexidade das Intermedialidades e a importância da estética na interação entre criadores e público. Ele explora as nuances da percepção e como diferentes plataformas, com suas particularidades estéticas, afetam a experiência de usuários e criadores.

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